segunda-feira, 14 de maio de 2018

Jadson Albano Fala Sobre o Novo Nome do CEC

O prefeito Jadson Albano fala um pouco sobre a mudança do nome do Centro Educacional de Coaraci para Colégio Municipal Antônio Ribeiro Santiago e aponta novos percursos para a educação na cidade.


Efandil Soares da Silva


Uma professora que sempre foi destaque na Educação. Na época da fundação do CEC, ela possuía poder sobre a Educação Municipal. Experiente em regência de classe, boa referência e alta capacidade, dedicação e amor ao trabalho, conquistou através do seu carisma, todo professorado, alunos, pais e comunidade.

Tomou posse do cargo de “Delegada da Educação” nos fins de 68, permanecendo até 87, quando faleceu, vítima de acidente de carro.

Para sempre em nossos corações, EFANDIL SOARES DA SILVA!!!

O Hino do Centro Educacional de Coaraci

"Saber que o CEC não tinha hino pra mim foi uma surpresa, eu pensava que existia um hino, mas que não era cantado. Na época, Teresa Argolo era vice-diretora e me falou que o CEC não tinha hino, fiquei pensando naquilo e comecei a rascunhar, vieram muitas informações e tive que "enxugar" até concretizar e em seguida dei música a letra e ficou até bom modéstia parte, porque retrata o compromisso com a educação que é visível."

- Professor Saul Brito



Letra e Música: Saul Brito


I
Branco, verde, amarelo e azul anil forma o teu pavilhão
CEC, tu és o maior, és compromisso com a educação.
Teus filhos não se esquecem do ensino que enobrece
E aprenderam aqui: a ser bons cidadãos, amar nossa
Nação e a paz construir.

Côro
CEC, sempre te amarei teu nome levarei
A qualquer lugar que for.
Teu estandarte com garbo exalto,
Nosso povo reconhece o teu valor.

II
No ensino tu és tradição, no esporte és paixão
Em desfilar, igual não há, orgulho és da terra do sol.
È linda a tua história de lutas e de glórias e não se
apagará luz que ilumina o saber, compromisso com
o dever de ensinar, Educar e engrandecer.
Centro Educacional de Coaraci.


Relato do Professor Saul: A História do CEC Não se Apaga e Não se Apagará


"E é linda a tua história de lutas e de glória e não se apagara, luz que ilumina o saber, compromisso com o dever de ensinar". A história do CEC não se apaga e não se apagará e cada vez mais serão escritos novos capítulos.

Meu nome é Saul, sou professor no CEC, minha trajetória nessa escola começou em 1993, já tenho uma boa caminhada aqui. São 25 anos trabalhando no CEC e para mim foi uma grande honra quando, no inicio da minha carreira, soube que iria trabalhar aqui. Comecei a trabalhar no município com fundamental 1, depois me falaram que ia trabalhar no CEC, pra mim foi um desafio pela grandiosidade da escola e pela história que já tinha, mas eu aceitei o desafio e pra mim foi uma experiência maravilhosa.

Vejo o CEC como uma família, algo que sempre existiu aqui foi o entrosamento entre professores e funcionários, além da questão do aluno, que na época chegava junto e era muito prazeroso trabalhar. Desses 25 anos guardo cada ano com muito orgulho, pois trabalhar num colégio com toda essa história de superação, um colégio de periferia e que de repente se transforma numa referência até no Centro da cidade... A tirar pelos desfiles, todas as escolas desfilam, mas a mais aguardada sempre foi o CEC, esta escola sempre marcou a história de Coaraci.

Enquanto professor, criei um projeto de leitura para incentivar os alunos a praticar a leitura, não de forma obrigatória, mas que nesse processo o aluno transformasse a experiência em algo útil. Dentro desse projeto nós colocamos a gincana de leitura que movimentou muito o colégio e até mesmo a comunidade, as pessoas marcavam presença e todo ano cobravam: "Esse ano vai ter a gincana?".

Claro, o dia de culminância do projeto acontecia no Ginásio de Esportes e era aberto para toda comunidade, mas as atividades de sala só quem tinham acesso eram os alunos, que faziam redação, desenvolviam poemas, produziam textos, leitura de romances clássicos e se o aluno se identificasse com aquele romance ia despertando nele a curiosidade para ler outro.

Eu tinha uma aluna que me dizia sempre não gostar de ler e no final do projeto essa mesma aluna me procurou dizendo que não conseguia mais dormir sem ler um livro e isso pra mim pagou todo o esforço no projeto, através desse projeto pude perceber que todos os alunos são capazes.

Na minha humilde caminhada eu também componho, e nessa brincadeira surgiu o hino do CEC. Saber que o CEC não tinha hino pra mim foi uma surpresa, eu pensei que existia mas não era cantado. Na época, Teresa Argolo era vice-diretora e me falou que o CEC não tinha hino e aí fiquei pensando naquilo e comecei a rascunhar, vieram muitas informações e tive que "enxugar" até concretizar e em seguida dei música a letra e ficou até bom modéstia parte, porque retrata o compromisso com a educação que é visível.

O CEC sempre prezou pela educação, um colégio que foi feito pra quem possuía baixa renda e de repente os alunos do CEC já podiam ter sonhos. Hoje temos vários exemplos de pessoas importantes na comunidade que estudaram no CEC, no refrão do hino tem uma parte que diz:

"CEC eu sempre te amarei e levarei teu nome onde for", quem trabalhou, trabalha, estudou ou estuda tem orgulho de dizer que passou pelo CEC,
"No ensino és tradição e no esporte és paixão", a questão do esporte que é quando o CEC participa daqueles torneios de futsal e tem muitos troféus,
"Em desfilar não há igual", e é isso. Pôde-se perceber no desfile de 7 de setembro do ano passado a rica história do colégio.

Primeira Turma de Formandos


Ao longo do percurso educacional muita coisa aconteceu, são várias lembranças, muitas histórias e por fim, alunos, professores e demais autoridades dividiram a alegria com os presentes, celebrando a conclusão de uma etapa importante na vida dos primeiros alunos do CEC, que realizaram um dos seus maiores sonhos, a sua formatura. A primeira turma do Centro Educacional de Coaraci, formou-se no 2º Grau em Secretariado no ano de 1980.

Abaixo, temos a lista da primeira turma de formandos em Técnico em Secretariado (1980)

Adauto de Souza Santos
Alaide Sales Santos
Alba Regina Santos Oliveira
Almir de Jesus Silva
Aurora Bonfim Silva
Dinalva Vieira dos Santos
Geisa Gomes Lima
Jorge Hudson Santos Lima
Manoel Cardoso de Oliveira
Neuza Maria do Amaral
Reginaldo Pereira de Jesus
Rosane Silva do Amaral
Simone Silva Amaral
Valdelice Borges de Jesus
Virgina Maria de Souza Tavares

Mensagem do Diretor Jorge Rocha


Seu Antônio: Quando Cheguei Aqui o CEC Ainda não Existia


Meu nome é Antônio Pereira Silva, tenho 66 anos e quando cheguei aqui o CEC ainda não existia. Quem começou o CEC foi um prefeito chamado Santiago, mas não tenho lembrança de quem terminou, se foi Joaquim ou foi Antônio Ribeiro Santiago.

Eu joguei bola aí em cima, esse lugar se chamava Campo do Exu, nessa época eu tava novinho, tinha uns 17 anos. Quando aprendi a montar bicicleta, descia, passava pelo CEC que já estava aplanado.

A primeira coisa que chegou aqui foi o CEC, a Telebahia e o CSU chegaram depois, ali onde tem aquele sobrado [casa que fica atrás do CEC], perto do mercado na rua Landulfo Alves, quando cheguei era um lixão, depois Ademar sapateiro comprou e começou a vender sapatos ali.

A igreja da feirinha também foi feita bem depois do CEC, a primeira escola que estudei em Coaraci era particular, não tinha escola pública em Coaraci nessa época, o CEC foi a primeira.

Relato de Vila Nova: Fui Aluno e Professor



Meu nome é José Vitorino Vila Nova, mais conhecido como Vila Nova, fui aluno e professor, tem uns 10 anos que dei aula no CEC. Sempre fui muito querido pela comunidade escolar, de pais a professores e alunos. A minha marca registrada sempre foi um chapéu de cangaceiro que eu costumava usar.

Lembro de muita coisa, desde a fundação desta escola. O prefeito na época era Janjão [Prefeito Ademir Cunha], trabalhei com Janjão, Gima e Joaquim Torquato, o diretor era Gildásio, sempre dei aula de geografia de quinta a oitava série. No curso de secretariado eu dava aulas de Contabilidade de Custo pros alunos do segundo grau.

Aquele anexo feito com as duas salas com almoxarifado não existiam na minha época [Pavilhão Anexo Antônio Ribeiro Santiago], aquela parta foi feita em uma das gestões de Joaquim Torquato.

As Primeiras Aulas

Professora Norberto Ribeiro hasteado a Bandeira do Brasil


As aulas do CEC iniciaram no dia 13 de abril de 1974, funcionando nos três turnos, a utilização de fardas foi e é um instrumento utilizado não para igualar pessoas, mas dentre outras questões, sugerir disciplina e respeito às regras, qualidades imprescindíveis na vida da sociedade. Os alunos daquela época sempre lembram como a utilização do fardamento era respeitada, seguindo um rigoroso controle.

Muitos professores contribuíram para que a escola desse seus primeiros passos:

Clenilta Maria Barbosa
Danivo Venceslau
Efandil Soares da Silva
Eglantina G. Marinho
Elizene Mariam
Elizenilton Mariostenes J. Silva
Emanuel C. Santos
Eponina Borges Costa Lima
Evalda Campelo Soares
Gil Carvalho da Rocha
Gilka Oliveira Andrade
Margarida Lopes
Maria Crizalda Ferreira
Marinalva Andrade Barbosa
Marizete Oliveira
Mercedes Farias Santos
Noel Leon Nilolle
Norberto Ribeiro dos Santos
Ronilse Pereira
Tânia Costa de Souza
Tânia Quinto




domingo, 13 de maio de 2018

Relato de Bal do Acarajé: A Gente Subia o Barranco Pra Jogar Bola no CSU

Bal do Acarajé na Praça da Feirinha

Meu nome é Dinomar Batista Santos, popular Bal, vendo acarajé na Praça da Feirinha de terça a sábado. Aprendi a fazer acarajé olhando outras pessoas fazendo, aprimorei algumas coisas e hoje tiro a minha renda da venda do acarajé. Sou a pessoa que tem mais tempo vendendo acarajé em Coaraci.

Moro na feirinha há 23 anos, antigamente ao redor da praça tinha algumas de casas e aqui [na Praça] funcionava uma feira aos domingos.

Eu cheguei a estudar no Centro Social Urbano e a minha prima estudava já no CEC. Eu era molequinho, e estudava no CSU na época do professor Paulo. Sempre morei na Landufo Alves, não tinha nem casa ainda, era um barranco, a gente subia o baranco pra jogar bola no CSU.

Por conta do trabalho eu não continuei meus estudos, mas sempre falo para as pessoas pra nunca desistirem de estudar. Eu tive que desistir mas graças a Deus tenho essa barraca pra trabalhar. E se não tivesse?

Relato de Dona Raimunda: Lembro Quando Tudo Começou

Dona Raimunda mostrando foto antiga do bairro da "Feirinha"

Eu sou Raimunda, conhecida como Raimunda da Galinha, moro nesse bairro [Bairro Santo Antônio] há 63 anos, cheguei aqui com um ano de idade e lembro de muitas coisas que já aconteceram aqui.

Onde hoje é a praça [Praça da Feirinha], era uma lagoa e eu já pesquei muito ali. Lembro de um pé de manga que tinha aqui. Isso aqui era tudo cheio de mato e eu comecei a capinar com o meu primo, foi ele que teve a ideia de juntar os moradores pra fazer uma feirinha, meu irmão Valter, que é professor, estava com um ano e pouco de idade, minha mãe e meu pai trabalhavam na roça.

Deixa eu dizer uma coisa: naquele tempo era difícil ter uma bacia boa, eu tinha uma de alumínio e eu usei essa bacia pra ajudar meu primo a capinar e limpar todo esse espaço. Quando minha mãe chegou do trabalho ela viu o estado da minha bacia e perguntou o que tinha acontecido, eu disse que estava cavando com meu primo e estava levando a terra na bacia pra jogar na subida da ladeira [ladeira do CEC], porque ele teve a ideia de fazer uma feira aqui, a partir daí o bairro foi crescendo.

A casa de meu pai que é onde eu trabalho hoje era de taipa, nosso colchão era feito de capim. Deus ajudou que minha mãe vendeu uma herança em Santo Antônio de Jesus e a gente começou a construir nossa casa aqui.

Essa rua antigamente [trecho da avenida São Pedro nas imediações da Praça] se chamava Rua da Palha. Eu saia com as meninas pra caçar osso pra vender, quando eu chegava num lugar que tinha morrido algum animal eu gritava: "Meninas, achei uma bogada", e a gente vendia aqueles ossos, era uma alegria enorme, nessa época eu tinha uns 16 anos e fazia cocada pra vender.

Nessa rua aqui tinha cada valeta imensa, eu já quebrei tanto o meu tamanco aqui, quando ia pra Feira. Já emendei várias vezes o mesmo tamanco, colocando prego, porque sempre quebrava. E quando eu levava pro rapaz consertar, ele dizia: "Raimunda esse tamanco não serve mais não, já tem muito buraco de prego". Eu sempre falava: coloque só mais um moço, eu preciso desse tamanco.

Lembro quando começou o CEC, quando capinaram, quando passaram a máquina, foi Antônio Ribeiro Santiago, tinha um campo que se chamava Campo do Exu, onde os meninos jogavam, eu sei da história toda, lembro quando tudo começou, quando inaugurou a escola e aí foi crescendo e crescendo o bairro cada vez mais. Depois fizeram o CSU.

Meus filhos todos estudaram no CEC, eu fazia questão de que eles sempre saíssem no desfile de 7 de Setembro do CEC e eu saia correndo atrás deles com a garrafinha de água na mão, eu acompanhei tudo quando começou, não tinha escolas públicas, só particulares, o CEC foi a primeira e a segunda foi quando veio a Nossa Senhora de Lourdes que é onde hoje é o CSU, devo tudo ao CEC, nunca paguei escola particular para os meus filhos.


Dona Raimunda
Moradora do Bairro Santo Antônio

O Bairro Santo Antônio


Antiga Feirinha

O Centro Educacional de Coaraci fica localizado na rua Humberto de Campos, nº 100, bairro Santo Antônio, popularmente chamado de Bairro da Feirinha. O bairro ficou conhecido por este nome por causa da sua praça principal que era, e ainda é, chamada de Feirinha.

Na época, a Feira de Coaraci funcionava no Centro da Cidade onde atualmente é a Praça de Eventos, e o Mercado Central funcionava onde hoje é o Ginásio de Esportes Terra do Sol. A localização da feira no centro da cidade não era tão acessível aos que moravam na periferia, por conta disso, alguns comerciantes dos bairros periféricos que ficavam "depois do Rio Almada" instalavam suas barracas num espaço próximo ao "Campo do Exú", onde hoje se localizam o CEC, a Telebahia e o Centro Social Urbano - CSU. O espaço ficou conhecido como "Feirinha".

Quando a Feira principal foi transferida para onde hoje é a Central de Abastecimento da Cidade, ficou mais próximo do Bairro Santo Antônio e a "Feirinha" deixou de existir (ou não). Mesmo sem a presença de muitas barracas, a atual Praça Santo Antônio ainda é conhecida como "Feirinha" e possui uma atividade comercial, social e de lazer considerável.

É bom lembrar também que o "Campo do Exu" era assim chamado por conta das oferendas depositadas pelos candomblecistas naquele alto para os orixás. No alto, chamado popularmente como "Alto do CEC" foram construídas outras instituições: CSU, a Telebahia, a Quadra do CEC, a Biblioteca e mais recentemente o Auditório Tânia Guimarães.

Não se pode esquecer também do famoso "Barro Vermelho", espaço aberto ao lado do CSU e que recebeu esse nome justamente por conta da coloração solo. Atualmente a área do "Barro Vermelho" foi povoada.

Vista Aérea do Bairro Santo Antônio (Google Maps 2018)

Além dessas instituições as imediações contam com a Praça e na praça existe a Igreja de Santo Antônio; A escola Lígia Fialho (Fundamental I), a Creche Lar Fraternal, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus, cerca de três centros de religião de matriz africana, 02 mercados, 03 mercearias, 03 bares, entre eles o "Bar de Zé de Tomé", 01 padaria, 03 salões de cabeleireiro, 01 granja, 01 açougue, além de outras atividades comerciais (costura, reforço escolar, moto taxi, mecânica...) e pontos de venda de churrasco, acarajé, carnes, frangos, lanches, caldos, pipoca, etc.

Mesmo com o potencial econômico, a presença de escolas e creche, garantia de serviços de saneamento básico (coleta de lixo, esgoto, iluminação pública, pavimentação das suas, rede pública de água e energia elétrica), o bairro Santo Antônio não possui uma Unidade de Saúde da Família.


A praça Santo Antônio é o principal espaço para momentos de sociabilidade, tais como: as festas de datas comemorativas e outras festas populares.

Idealização e Construção

Construção do Centro Educacional de Coaraci (1973)


No contexto de criação do Centro educacional de Coaraci não existia na cidade colégios públicos que atendessem aos alunos do ginasial, desta maneira os alunos que não possuíam condições para financiar seus estudos tinham os mesmos interrompidos. O gestor da época Antonio Ribeiro Santiago, buscava auxiliar esses alunos de baixa renda através da doação de bolsas de estudo, porém notou que a criação de um colégio que abarcasse essa fatia da população seria mais viável do ponto de vista econômico e social.

O Centro educacional de Coaraci, popularmente conhecido como CEC, foi construído durante a gestão do prefeito Antonio Ribeiro Santiago, o terreno ao qual foi destinado a sua construção foi doado pelo senhor Simpliciano José dos Santos, a terraplanagem já existia e foi realizada por Joaquim de Almeida Torquato, contou também com o apoio da professora Dejanira Santos Lima, dos professores Noel Leon Nicolle, Davino Wenceslau dos Santos e Norberto Ribeiro dos Santos, que sempre contribuiu para o crescimento dessa escola que tanto amou até os últimos dias de sua vida, lecionando matemática.

Atualmente por indicação do vereador Antônio Carlos Maia, que enviou um projeto à Câmara Municipal de Coaraci, numa homenagem muito justa, o Centro Educacional de Coaraci passou a se chamar COLÉGIO MUNICIPAL ANTÔNIO RIBEIRO SANTIAGO.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Antônio Ribeiro Santiago



Antônio Ribeiro Santiago, foi o homem que abriu uma porta definitiva para realização de todos os sonhos, seus e do próximo.

Santiago, como era conhecido, viveu sob a égide de três pilares, "Educação, Honestidade e Coragem." Essas forças o definiram ao longo de sua caminhada e, se hoje, muito se fala sobre a importância da educação na construção de uma sociedade equilibrada e justa, o companheiro Santiago, já na sua época sabia que a educação é o maior instrumento que o homem dispunha para se fazer verdadeiramente um cidadão. Pode se confirmar tal afirmação através de sua filha, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Maria do Socorro Barreto Santiago e demais familiares, aos quais, não deixou bens materiais e sim tesouros bem mais valiosos: "canudo, caráter e orgulho de suas origens."

O desenvolvimento da sua infância e juventude, espelham o homem adulto, cheio de sonhos e coragem, que gravou o seu nome na história de Coaraci. Falar da vida de Santiago é reconhece-lo com alguém que aliou os sonhos da infância e a força da juventude, para escrever novos tempos e novas realizações na Terra do Sol.

Antônio Ribeiro Santiago é exemplo a ser seguido para as gerações futuras coaracienses, que precisam lembrar que o caminho da virtude é íngreme, mas infinitamente prazeroso ao cruzar a linha de chegada.

Todo homem necessita de realizar algo na vida para de alguma forma sentir-se útil à humanidade. Com Santiago não foi diferente. Possuidor de uma “visão” além de seu tempo, já pensava também, na preservação dos recursos naturais, pois entendia que deveria haver uma conscientização dos cuidados com o meio ambiente e a natureza, percebia que o descaso das autoridades e a impunidade da própria sociedade, poderiam ocasionar mudanças climáticas assustadoras.

Assim, Antônio Ribeiro Santiago sonhava também, escrever um livro, o qual seria intitulado “AS MATAS”. Infelizmente o destino não possibilitou a concretização desse desejo, porém, a sua neta, Larissa Santiago, na tentativa de realizar o sonho do avô, escreveu com muita sabedoria, um livro que serve de registro para as gerações futuras, disponibilizando relatos que mantem acessa a memória daquele que sempre contribuiu para uma sociedade consciente e melhor.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Apresentação do Projeto



A projeto de preservação da memória do Centro Educacional de Coaraci – CEC a partir de sua contribuição social e cultural para a comunidade no seu entorno, assim como para o município a que pertence, volta-se para o percurso histórico e social dessa escola elencando discussões sobre marcas de historicidades.

Os esforços para preservação da memória do Centro Educacional de Coaraci tem como estratégia o agrupamento das contribuições de diversos atores sobre a história local, a identificação de marcas de historicidades, articulação e mobilização da comunidade escolar, no planejamento e realização de atividades que oportunizem o acervo de registros históricos.

A história do CEC se repercute na vida de muitos coaracienses, o que o torna um espaço vivo que participa da experiência histórica de diferentes grupos sociais. Portanto, a proposta desse trabalho é o registro e a perpetuação do conhecimento sobre a história dessa escola e consequentemente da comunidade no seu entorno.

A iniciativa pretendeu criar um espaço virtual de articulação, registro e mobilização, sabendo o quanto a tecnologia tem contribuído para a perpetuação do conhecimento e preservação histórica. Este blog foi o suporte tecnológico escolhido para o registro de todas as informações coletadas, visto que essa ferramenta garante a circulação de ideias e maior facilidade de acesso a informação com um baixo custo.

O blog funciona como espaço principal para o registro das atividades do projeto, visto que não há nenhum veículo com informações atualizadas sobre a Escola e sua história.

O conjunto das ações propostas se estrutura justamente a partir do levantamento de informações como fotografias antigas, experiências e relatos de moradores locais, professores, alunos antigos e atuais, bem como a contribuição de quaisquer outros atores comprometidos com a promoção e preservação da história local. Desta maneira, o Projeto fortalece a compreensão de que a comunidade e a escola possuem uma relação de parceria para além dos muros.

No âmbito da participação da comunidade, os organizadores criaram uma rotina de visita aos moradores locais para coleta de informações (relatos, fotografias antigas...) afim de complementar o acervo no Blog.

ACESSE O PROJETO INICIAL (AQUI)
SLIDES DA APRESENTAÇÃO (AQUI)

Centro Educacional de Coaraci: Breve Relato Histórico

Inauguração do CEC em 31.04.1974

O Centro Educacional de Coaraci foi criado em 1973 pelo prefeito Antônio Ribeiro Santiago (1973-1977) e inaugurado em 31 de março de 1974, as aulas iniciaram no dia 03 de abril. O CEC traz com sua criação uma proposta inovadora numa época em que a Escola Pública ainda dava os primeiros passos, possibilitar às pessoas de baixa renda o acesso à educação gratuita e de qualidade.

Contando com a ajuda de amigos e idealizadores, Antônio Ribeiro Santiago deu início às obras de construção do Centro Educacional de Coaraci; O terreno para construção foi doado pelo senhor Simpliciano José dos Santos; A terraplanagem já existia e foi realizada por Joaquim de Almeida Torquato.

Assim surge a escola feita para os "Filhos das Lavadeiras" no bairro Santo Antônio, periferia da Cidade de Coaraci. O funcionamento da escola contou inicialmente pelo da professora Dejanira Santos Lima e dos professores Noel Leon Nicolle, Davino Wenceslau e Norberto Ribeiro dos Santos.

A escola sempre se destacou pela qualidade no ensino, no esporte e nos desfiles cívicos de 07 de setembro. Até hoje a escola emociona, não só os alunos, mas toda comunidade com sua performance, ao som dos famosos tambores da Banda Marcial 12 de Dezembro que sempre teve como líder, Balbino Bispo dos Santos e que exerce o papel de instrutor há 35 anos. No projeto da Semana da Pátria de 2017 o CEC fez uma homenagem a seu criador e sua história, tal projeto servirá como plano de fundo para a construção deste trabalho.

Em 2017, por indicação do vereador Antônio Carlos Maia, que enviou um projeto à Câmara Municipal de Coaraci, o Centro Educacional de Coaraci passou a se chamar Colégio Municipal Antônio Ribeiro Santiago.

Atualmente a escola possui 557 alunos matriculados. Na sua estrutura física a escola conta atualmente com 11 salas de aula; 01 sala de áudio e vídeo; 01 biblioteca; 05 salas destinadas à direção, coordenação pedagógica, orientação social, professores e secretaria; 01 cozinha; 01 almoxarifado; 04 banheiros (02 para professores e 02 para os alunos); 01 auditório; 01 quadra de esportes; outras 04 salas são cedidas para o funcionamento de uma escola de educação infantil. A direção do CEC está sob a responsabilidade do professor Antônio Jorge Rocha, que também já foi aluno, professor e vice-diretor da escola.

A escola possui hino, bandeira, brasão e o seu lema é “Educar e Engrandecer”.

O Centro Educacional de Coaraci é um show à parte na educação da cidade de Coaraci. Tem um esplendor histórico, social e cultural que transcende gerações e esse brilho não pode ser esquecido.